O Sal e as doenças Cardiovasculares  

 

 

Os efeitos da redução do sal da dieta em futuras doenças cardiovasculares

 

   

    O sal (Cloreto de Sódio) está presente em muitos alimentos naturais e quase na totalidade dos alimentos processados (embalados, engarrafados, enlatados, envazados, em conserva entre outros), pois é um conservante natural. 

 

    Desde a época da inexistência dos refrigeradores, salgar a carne a fim de conservá-la para consumo futuro era uma prática comum (Charque no Sul e Carne de Sol no Nordeste).

 

    Atualmente, com o aumento no consumo dos alimentos processados e o hábito individual de temperar os alimentos, observou-se um aumento na quantidade de sal ingerida pelas pessoas em suas dietas no dia a dia. O consumo diário máximo de sal recomendado para um indivíduo é de 2 a 3 gramas. Entretanto, alguns estudos demonstram um consumo médio de 10 a 13 gramas ao dia.

 

    Embora os rins eliminem o excesso do sal consumido, não impedem os efeitos nocivos à saúde dessa sobrecarga de sal e a longo prazo, o consumo excessivo de sal se associa à hipertensão arterial, risco aumentado de infarto, acidente vascular cerebral (derrames), retenção hídrica, cálculo renal e mortalidade.

 

    Um estudo publicado em Fevereiro/10 na revista New England Journal of Medicine – demonstra os efeitos da redução do sal da dieta em futuras doenças cardiovasculares.

 

    Neste estudo, a redução de 3 gramas de sal na dieta reduziria a ocorrência anual de 60 a 120 mil novos casos de doença coronariana, em 32 a 66 mil novos casos de derrames, 54 a 99 mil novos casos de infarto agudo do miocárdio e de 44 a 92 mil o número de morte por qualquer causa.

 

    A redução do sal na dieta equipara-se aos efeitos benéficos de redução do tabagismo, do colesterol e da obesidade.

 

    O estudo ainda conclui que mesmo a redução de um único grama de sal na dieta já traria benefícios em relação ao custo do consumo de medicamentos para hipertensão arterial.

 

    A redução consciente do consumo de sal é mais uma das metas que devemos considerar diariamente em nosso hábito alimentar para preservarmos nossa qualidade de vida.  

 

NEJM, 362 (7): 590-99, 2010

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